Autocolantes nos carros - A Saga (Parte I)

Se há coisa que me deixa mais preocupado do que a subida da inflação, é sem dúvida este vicío terrível nos portugueses que eu constato nas minhas viagens de carro com a minha compincha de blog TatyLopez... Existem diversas situações anormais que irei aqui analisar cuidadosamente ao longo dos dias, neste blog. Aqui fica a 1ª situação:


1. Os autocolantes a dizerem "bebé a bordo" - Parece que muitos pais e mães têm a mania de colocar esta porcaria de autocolante no carro mal sabem da notícia que vão ser pais. Incrível como esses autocolantes se multiplicam. As pessoas têm de ter calma, imaginem que algo corre mal antes do parto ou até mesmo depois dele? Vão pôr por cima do autocolante outro a dizer "Bébé aborto", ou "Bebé já morto", ou mesmo "Bebé que estava a bordo até ser cuspido do veículo a mais de 100 Km/h"? Eu sei que fui duro mas pretendo abrir os olhos a esta sociedade portuguesa. Piores são aqueles que têm autocolantes personalizados do tipo "Asdrúbal a bordo" ou Almerinda a bordo". Para quê? Se calhar estão à espera que em pleno andamento na auto-estrada os carros ao passarem gritem o nome do miúdo para o entreterem. Se isto continua, um dia, quando fizermos aquelas perguntas inocentes às crianças com aquela típica voz de parvo, e lhe perguntarmos: "Ó gu-gu dá-dá, como te chamas?" arriscamo-nos a receber uma resposta do tipo: "vai ver à parte de trás do carro!" Muitos dos que colocam os autocolantes dizem que é para os outros condutores conduzirem de uma forma mais prudente quando repararem no autocolante "Bebé a bordo"...
Ó meus amigos, se isso desse resultado a polícia punha autocolantes desses em tudo o que é canto em vez de radares! Portanto, aceite o meu conselho: se é pai e quer proteger a vida do seu filho a bordo, não compre o raio do autocolante e em vez disso adquira uma sirene da polícia e um daqueles placards da Brisa a dizer "Modere a velocidade". O seu filho tem de ser mais do que um simples cromo...